Nos confins da Noite o meu corpo chama o teu...
A minha alma emerge do meu ser
E deambula perdida
Por entre criaturas noctívagas.

A Artémis – excelsa Rainhas dos Amantes,
Imperatriz da Sedução – testifica este romance
Imortalizado pela Noite, do seu soberano trono sombrio.

Ilumina o caminho que me leva até ti,
Onde te encontro induzido no coma efémero da Noite.
Encontro-te sobre o lençol gelado
Que apazigua esse teu ser,
E na essência nocturna
O meu desejo beija a tua apatia onírica
Na ânsia de despertar a tua alma para mim.

E tu vens até mim. Entregas-te! Possuo-te!
E completamente anestesiado pelo meu poder noctígeno,
Vives adormentado esta nossa cerimónia erótica.

A Artémis esconde-se! Os lobos bravejam.

Dançamos esta melodia noctívola
Enrolando nossos corpos
Numa fusão exacerbada.

Uma melodia que só toca nos nossos ouvidos,
Pois o mundo ensurdeceu deste jogo de sedução...

E nos confins da Noite, mais uma vez,
O meu corpo chamou o teu
E apagou o desejo de te ter por entre as criaturas....